Surgido da união entre
o Progresso Futebol Clube e o Brasil, ambos os times formados por trabalhadores
da usina Sapucaia, que resolveram se fundir para formar um só clube, que
representaria a localidade que se distância 15 km do centro de Campos, nos
campeonatos que existiam na cidade.
A reunião de fundação
do novo clube ocorreu em 18 de dezembro de 1938, nas dependências da própria
usina e dela participaram John Julius, Max Polley, José Pedruca, Antônio Miguel
Andrade, Didi Pinheiro Machado, Wilson Isaltino, Leandro Barbosa, Touquinha e
Adauto Pacheco.
O primeiro jogo da
nova equipe foi contra o Paraíso Futebol Clube, da localidade de Tocos e
terminou empatada em 1 x , em dezembro de 1938.
A diretoria do clube
procurou o industrial Francisco Jacob Gayoso y Almendra, o Dr. “Chico”, como
era chamado por muitos dentro da usina, para pedir colaboração para a
agremiação que surgia e, prontamente foram atendidos, porém, com uma exigência:
“Que as cores do time fossem vermelha e preta, como as do Flamengo”, sendo
assim, o antigo uniforme verde, vermelho e branco foram logo abandonados.
O Sapucaia chegou a
ser o clube campista que mais gastou com o futebol, contratando reforços que
transformou o clube no que o jornalista Péris Ribeiro chamou, um dia, de
“Academia de Futebol”.
Apesar de ter sido
fundado em 1938, somente a partir de 1961 é que o clube se filiou à Liga, para
então começar a disputar campeonatos oficiais, vencendo o campeonato de acesso
em 1969, ainda com a camisa tricolor.
O Sapucaia viveu a sua
fase áurea na década de 70, quando o clube passou a disputar o campeonato
campista contra as melhores equipes da cidade e nesse mesmo período aconteceu o
apogeu do time, na conquista do campeonato do Estado do Rio, em cima do
Americano, com a arbitragem de Arnaldo César Coelho, atualmente comentarista da
Rede Globo de Televisão.
O jornal “A Notícia”
do dia 13 de maio de 1974, posterior à partida, em página inteira na seção de
esportes estampava a manchete “Taí o grande campeão, o Sapucaia foi um
verdadeiro barato”. A conquista em cima do
tradicional Americano foi após uma vitória por 4 x 2, em partida realizada no
estádio Ary de Oliveira e Souza, pertencente ao Goytacaz.
A equipe vitoriosa era
composta por: Roque, Danilo Pastor, Paulo Lumumba, Roberto Madeira e Albérico,
Osvaldo, Amaritinho, Betinho e Gonzaga, Walmir e Alcir, contando ainda no
elenco, com: Tuiú, Joaquim, Joélio, Folha, Pedro, Edmilson, René, Toninho e
Vicente.
O declínio do clube
ocorreu com a saída do Dr. Chico e do Dr. Alaor Lamartine de Castro para
colaborarem com o Americano, que disputaria o campeonato nacional de 75. Hoje
apenas “peladas” acontecem no campo, onde um dia desfilaram os maiores jogadores
do futebol campista.
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